sexta-feira, 10 de abril de 2015

VAMOS A JÚPITER?




A HISTÓRIA

Apesar de seus 47 anos, 2001: Uma Odisséia no Espaço é um filme que ainda merece muita notabilidade. Foi uma produção que marcou a indústria cinematográfica através de seus aspectos visuais, artísticos, filosóficos e publicitários. Escrito, dirigido e produzido por Stanley Kubrick durante cinco anos, a história retrata com o máximo de fidelidade possível a ida do Homem à Lua. A ficção científica foi baseada nas obras The Sentinel e 2001: A Space Odyssey, de Arthur Clarke. Kubrick e Clarke trabalharam em parceria, compartilhando informações e opiniões para as filmagens de 2001: Uma Odisséia no Espaço e para o livro 2001: A Space Odyssey. Apesar das divergências em gostos, a obra de Clark é um marco e tem importância garantida no meio da história do cinema mundial.

O FILME

Kubrick inicia o filme com uma câmera parada mostrando a savana africana, remetendo à história antiga da humanidade. O próximo ato nos apresenta a hominídeos que convivem pacificamente com a natureza, mas são brutalmente atacados por outra tribo que procuram fontes de água, e que acabam por fracassar na missão. São os ‘homens’ que sofreram o ataque que tem uma surpresa ao amanhecer. Quando uma enorme pedra é encontrada e causa estranhamento aos habitantes do local. Quando já acostumados ao objeto não identificado, estes começam a se tornar realmente homens, podendo formular ideias e as colocá-las em prática, concretizando acabar com a fome na tribo e utilizar ferramentas pela primeira vez.

O terceiro ato do filme é a missão Júpiter, quando é preciso investigar uma mensagem de rádio enviada ao planeta gigante, na Lua. É quando Dave Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) são apresentados ao enredo, dois pilotos de uma gigantesca aeronave em formato de espermatozoide. É também neste momento em que HAL 9000, inteligência artificial, começa a participar da história.

Com o desenrolar do filme, várias atribuições do que é, e de quem é humano vão se modificando, a chamada viagem lisérgica. É nesta parte final que Kubrick brinca com a imaginação de quem assiste o filme, deixando assim, esses criarem várias hipóteses para o que acontece com o homem e o planeta.

EFEITOS ESPECIAIS

O filme de ficção científica 2001: Uma Odisséia no Espaço recebeu 4 Oscars, um deles por seus efeitos visuais. Kubrick, em busca dos melhores efeitos ópticos, foi ao extremo ao produzir exposições no negativo original, alguns destes negativos levavam mais de um ano na geladeira para ser exposto novamente.

Através dos efeitos visuais pioneiros, das imagens ambíguas que se aproximavam do surrealismo, do som no lugar de técnicas narrativas tradicionais e do uso mínimo de diálogo, as temáticas sobre a evolução humana, a vida extraterrestre e a inteligência artificial foram realisticamente abordadas.

Em 1991 foi considerado "culturamente, historicamente ou esteticamente significante" pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos para ser preservado no National Film Registry. Os efeitos audiovisuais, apesar de terem se passado quatro décadas desde a estreia do filme, ainda surpreendem muitos espectadores e principalmente críticos, que encontram na obra audácia e originalidade para os parâmetros da época.

EFEITOS SONOROS

A música clássica é a que dá o ritmo ao filme. Kubrick associou o movimento dos satélites e os dançarinos de valsas com a composição "Danúbio Azul", de Johann Strauss II e o poema sinfônico "Also sprach Zarathustra", de Richard Strauss. Conta com uma trilha sonora de músicas clássicas de valsa e balé e possui quatro atos, com o desenrolar lento da história.

CURIOSIDADES

O filme aborda ainda temas interessantes como o confronto homem versus máquina, e possui efeitos especiais impressionantes para a época em que foi feito. A produção tem poucas falas, deixando as imagens falarem por si só. O diretor aproveitou a linguagem corporal chamando atenção para expressões, movimentos e até a respiração dos personagens. O filme tem finak enigmático, contando com inúmeras possibilidades de interpretação e deixando um grande ponto de interrogação na cabeça de quem assistiu.

Além disso, o filme Star Wars inspirou-se em elementos do 2001: Uma Odisséia no Espaço, tendo em sua produção também a plataforma de chegada da Estrela da Morte, as naves sujas, a cápsula de fuga dos androides, a respiração amplificada de Darth Vader e a abertura com o cruzador imperial enchendo a tela.

A música "Dánubio Azul", que embala as cenas das estações espacial e orbital - esta última que carrega ogivas nucleares - ironicamente tem o nome da primeira bomba atômica inglesa.

A banda Pink Floyd recusou o convite do diretor para compor a trilha sonora. Três anos depois surge o álbum "Meddle" e sua música "Echoes", que se ajusta impressionamente às cenas do capítulo "Jupiter e Além". Na sua biografia "Saucerful of Secrets: A Pink Floyd Odyssey", Roger Waters cita que seu maior arrependimento foi não ter feito a sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço.






Confira o trailer desse fenômeno:


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